Chile - Paso Dom Guillermo a Cuevas del Milodón

Trajeto VI: Paso Dom Guillermo - Cerro Castillo - Puerto Natales - Cerro Castillo - Parque Nacional Torres del Paine - Cuevas del Milodón

04/02 - Retorno ao Chile 

Na fronteira do Chile, os tramites foram rápidos, mas o Senasa foi muito exigente. Diferente das últimas fronteiras que nem revistas fizeram, aqui quase perdemos até o leite se lactose em caixa! Mas o processo foi rápido.

Passamos em Cerro Castilho, uma vila pequena na fronteira e paramos no Café El Ovellero, onde a lei do "só eu tenho, então, pague para levar" nos tirou do sério! Perdemos dinheiro na troca de Pesos Argentinos para Chilenos. Este foi o preço de não ter pensado nisso antes.

Quando nós estavámos há quarenta quilômetros do Parque Nacional Torres del Paine, sentimos algo errado com o carro. O Toninho parou e verificou que tínhamos perdido o parafuso do amortecedor de novo! Como era estrada de ripio, achamos melhor voltar e resolver o problema.

Voltamos e pernoitamos na fronteira de Cerro Castillo, em frente ao El Ovellero.

 

05/02 - Ida a Puerto Natales para Arrumar o Valente - entrada no Parque Nacional Torres del Paine.

Nós acordamos com o barulho dos ônibus e micro-ônibus, não era nem oito horas. A fila estava enorme e nós não podíamos sair! A aduana abre as oito, e aguardamos até depois das nove para podermos seguir.

Chegamos a Puerto Natales ás onze horas e fomos direto procurar um local para comprar o parafuso. O Toninho tentou trocar mas estava com problemas e não foi possível. Em frente tem a Oficina Mecânica do Sr. Luiz prontamente nos atendeu e disse que faria para a gente. Terminou um carro e fez o nosso rapidamente. Muito simpático e nos cobrou $5000, um terço do que pagamos pelo mesmo serviço em Chile Chico.

Fomos ao mercado comprar o que precisávamos para ir ao parque, e as cinco horas estávamos prontos para voltar a Cerro Castillo.

O retorno foi tranquilo e logos estávamos na rodovia que vai para o parque. São cinquenta e quatro quilômetros de rípio, há vinte quilômetros por hora. Chegamos ao parque as oito e quarenta! Pagamos $ 18.000 pesos chilenos cada um! Uma fortuna! Mas o bom é que você pode ficar aqui quantos dias desejar!

Dormimos na entrada do parque perto da Portaria da Laguna Amarga.

 

06/02 - Sendero Mirador Las Torres del Paine (9 horas e 45 minutos)

Nós optamos por fazer a trilha para ver as torres primeiro. É a mais pesada que íamos fazer e o dia estava perfeito! 

Segundo previsões na portaria, teríamos dois dias de sol e pouco vento, depois o clima mudaria.

Nós saímos para fazer a trilha as dez e meia da manhã! Dia lindo, céu azul e uma temperatura de uns 15 graus. O início é de subida. Trezentos  metros, nos primeiros três quilômetros, puxado mas o terreno ajuda. Paramos no refúgio para descansar ás 13 horas.

Seguimos em meio à mata em um sobe e desce por mais uns três quilômetros. Os últimos três quilômetros de dificuldade alta é o mais pesado. Muita pedra e caminho escorregadio, a beira de precipício, e numa subida de mais quatrocentos metros.

Chegamos ao final da trilha e a paisagem impressiona. As torres del Paine (Torres Azuis) altas, claras e imponentes com um lago de degelo abaixo, cercada de montanhas das mais variadas cores, e um céu azul! Perfeito!

Descansamos cerca de uma hora e iniciamos a descida. Hoje é sábado e uma multidão de turistas de todo o mundo fazem estas trilhas. E se vê gente de todo tipo. Os mochileiros, os viajantes que vem de avião e chegam ao parque de ônibus, os profissionais, que fazem as trilhas como que brincando...

As trilhas estão bem ruins, dizem que devido ao mau usos dos bastões. E a verdade é que noventa por cento das pessoas que trazem nem sabem usar. O que mais atrapalha do que ajuda, provocando erosões no solo, e tornando a trilha perigosa.

A descida dos três primeiros quilômetros é cruel. Uma descida muito inclinada sobre pedras, força bastante os pés e os joelhos. Nos quilômetros seguintes o Toninho resvalou numa pedra solta e caiu, machucando a cocha e o joelho. Foi um susto! Recuperados seguimos parando novamente no refúgio para descansar e o Toninho descobriu que tinha quebrado a chave do carro na coxa ao cair. Um perigo!

Fizemos os últimos quilômetros e as oito horas e dez minutos; nove horas e quarenta minutos depois; estávamos no carro!

Ah que boa a sensação de ter conseguido! Poder tomar um banho, jantar e cair na cama, cansados, mas felizes!

Dormimos no estacionamento da Hosteria Las Torres.

 

07/02 -  Sendero Mirador Los Cuernos del Paine (3 horas)

Seguimos dentro do Parque uns vinte quilômetros até o Mirador Cuernos e muitas paradas pelo caminho.

Muitos lagos, rochas platônicas, granitos, além das nuvens hoje que dão um espetáculo à parte com diversas formações.

Chegamos no início da trilha para o Mirador Los Cuernos ás doze horas e trinta minutos e saímos para uma caminhada de uma hora! Uma trilha de dificuldade baixa onde é possível passar pela área que foi destruída por um incêndio em 2011.

Uma queda d´água, lindas lagoas, e culmina em um mirante dos Cuernos! Ali ficamos contemplando e ouvindo as geleiras tronarem. Fantástico!

Retornamos ao carro e eram três horas e meia! Almoçamos e seguimos para os próximos pontos! Passamos pelo Lago Pehoe, o Sarmiento, e tantos outros. Mas o dia fechou e começou a chover encobrindo todas as montanhas.

Seguimos até o centro administrativo, onde  falamos com o Sr, José, que nos deu água e nos mostrou local para dormirmos.

A noite enquanto estava lendo, olhei pela janela e um puma filhote passeava pela área à beira do lago. Esta visão fechou nosso dia!

 

08/02 - Cuevas de Milodón

O dia amanheceu chovendo e fechado e segundo as previsões na Admistracao do Parque, iria continuar assim nos próximos dias. 

Desistimos de ir ao Lago Grey e seguimos para as Cuevas del Milodón. Pagamos $4000 pesos cada um.

Em 1895, o colono Hermann Eberhard visitou uma cova e encontrou um estranho couro com grossos pelos. Era a pele de um animal extinto de nome Milodón. Para nós, um gigante bicho preguiça de dois metros de altura, herbivoro. A partir deste achado, a Cueva del Milodón e seus arredores se tornaram fonte de evidencias para conhecer o passado da patagonia e da humanidade. 

Declarada em 1968 como Monumento Historico, em 1993 passou a ser area protegida, pela CONAF administradora dos parques no Chile.

Conta historia de 18.000 anos da patagonia, tanto na área de Geologia, que estuda a formação destas imensas covas, a paleontologia, com restos de animais como o Milodón, Tigre de dentes de sabre e outros, e a arqueologia que data de 11.000 anos o aparecimento dos primeiros habitantes.

Aqui fizemos tres senderos de aproximadamente tres horas. onde visitamos as covas e os arredores.

Muito interessante ler os estudos e ver as evidencias encontradas o local. Visitar Cuevas de Milodon é voltar no tempo.

Seguimos para Puerto Natales onde estacionamos na costanera, mas ventos de 80 Km/h nos fizeram ir, ás tres da madrugada para um local mais protegido no centro da cidade.

 
 
 
 
Voltar

 

Desenvolvido por - RPA Design