De volta aos Estados Unidos

De volta aos Estados Unidos e o susto na fronteira

Pegamos uma fila pequena, de uns 6, 7 carros. E na nossa vez ele nos pediu documentos, perguntou quanto tempo estávamos no Canadá, quanto tempo no Alasca, perguntou se tínhamos passagem de volta para o Brasil e para quando, de quem era o Motor home e como conseguimos comprar ele? Em seguida, nos deu um papel alaranjado com os dados anotados, nos mandou estacionar em uma das vagas para vistoria e entrar no prédio para sermos atendido.

Ficamos ali por uma hora, o oficial, muito gentil, nos fez muitas perguntas e pelo que conseguimos entender não tinha nenhum registro de nossa passagem pelo Alasca. Como dissemos que passamos um mês e meio no Canadá, a pergunta dele era, e os outros dois meses e meio? Ele não conseguiu entender porque o Agente na fronteira com o Alasca não nos deu um I-94 múltiplo. Ele disse que pelos cálculos já estávamos dois meses a mais do que o permitido ali.

E ele ficou tentando achar informações e nos mandava sentar, depois nos chamava de novo... Perguntei se tinha algum problema e ele disse que deveria ter, mas ele não queria problemas, nos faria uma autorização de permanência nova.  Nos perguntou da passagem, quando embarcávamos e de onde embarcávamos. O que faríamos com o motor home... se tínhamos o dinheiro para nos mantermos aqui até o dia do embarque... enfim, várias perguntas.

Mas depois de uma hora ele foi revistar nosso carro, tirou tomates, limões que não tinham origem dos Estados Unidos e nos liberou, com uma I-94 com vencimento em abril de 2018. Pagamos $12 dólares pelo documento. No fim, o trâmite foi o mesmo feito na entrada do México, e diferente do procedimento feito quando saímos dos Estados Unidos em Montana e quando entramos no Alasca.

Ficamos com a impressão que essa fronteira do Alasca é “atípica”. Isso que quando passamos eu perguntei pelo tempo que teríamos, porque o Agente não nos deu nenhum carimbo. Ficamos felizes, pois estávamos com receio de não receber nem o tempo até novembro e precisávamos vender o motor home se decidirmos voltar.

Seguimos aliviados e dirigimos até um Cassino na cidade de Skitag. Já estava anoitecendo e decidimos ficar por ali mesmo.

Skitag, Lacey WA – Newport, Port Ordford OR

A noite foi de chuva novamente, mas silenciosa. O local foi tranquilo para dormir, bem diferente do barulho do posto, com os caminhões que passam a noite toda entrado e saindo.

Ao amanhecer parou de chover e pudemos contemplar as lindas árvores vermelhas na nossa janela. As cores do outono são lindas por aqui, a árvore que é símbolo do Canadá, mas que estávamos podendo ver bem por aqui, são de um vermelho vivo incrível.

Uma semana de muita chuva

Ajeitamos tudo e seguimos debaixo de chuva até a cidade de Lacey. Passamos Seattle, uma loucura, e nesta região tem uma cidade grudada da outra, a I-5 tem um trânsito intenso, muitos carros a caminhões, congestionamentos, por causa da chuva e das entradas das cidades.

Foi um trajeto longo e cansativo. Procuramos um Cabela´s em Lacey e resolvemos ficar por ali por uns dois dias. Estávamos viajando direto e com chuva, precisamos dar uma parada na esperança de que esta chuva dê uma trégua. Interessante que na Califórnia estão sofrendo com incêndios por falta de chuvas e aqui muita, muita chuva.

Almoçamos de novo conversando sobre nossas opções: seguir viagem, retornar ao Brasil, ir para o México...  Decidimos colocar o que tínhamos em mãos diante de Deus e seguir conforme ele nos direcionar. Se não entrar trabalho, precisamos vender o RV e retornar. Mas, por agora, é entregar e descansar.

Entramos no Oregon debaixo de muita chuva. O carro estava com vários lugares do piso molhados, pois a água era demais! Passamos por Portland com muito trânsito e muita chuva. Levamos um bom tempo para atravessar essa cidade imensa. Que deve ser linda com tempo bonito, pois tem imensas pontes e belas construções.

Seguimos até Newport e decidimos dormir no Wal-Mart e aguardar mais um dia para ver se para essa toda chuva. Nosso carro, pela primeira vez está com cheiro de mofo!

A chuva deu uma trégua, decidimos seguir viagem e ir pela rodovia que faz a costa do Oregon. Um lugar que com sol deve ser de uma beleza imensa. Penhascos imensas, o pôr do sol no Pacífico, as estradas encrustadas nas montanhas, intercalando montes e praias... Um trajeto muito bonito.  

Uma pausa na Chuva para ver o Pôr do Sol

Paramos em uma Rest Area, um View Point para ver o Por do sol (pelo menos tentar) e não é que conseguimos? Que coisa linda ver essa paisagem depois de muitos dias de chuva.

Tinha um outro motor home pequeno parado. E a medida que foi escurecendo, vimos ele todo apagado e a porta do motorista na frente aberta. O Toninho foi lá e era um senhor de idade avançada viajando sozinho. Ele tinha dormido e deixado aberto, mas não fez cara de bons amigos por ter sido acordado e ainda deixou a porta aberta e se fechou.

Tem cada um... Decidimos dormir por aqui mesmo.

Redwood National Park – Crescent CA – Ukiak CA – San Francisco

Redwood e a Califórnia

Saímos cedo e resolvemos visitar as Redwoods, mesmo com o tempo não colaborando. Passamos em um Parque Estadual para fazer dump, fomos visitar a árvore que é possível passar com um carro dentro do seu tronco. E seguimos dirigindo em meio a essas árvores centenárias e imensas!

Seguimos viagem até Crescent onde buscamos um Wal-Mart para dormirmos.

Esta região deve ficar lotada na temporada. Muitos RV parks, Parques estaduais, muitas praias. Seguimos pela 101 em direção a Eureka, uma cidade turística e bem movimentada, mesmo para esta época e este clima. Depois uma volta e seguimos até Ukiak, onde dormimos no Wal-Mart.

San Francisco e o desafio de cruzar a cidade de motor home

Saímos com o objetivo de cruzar San Francisco. Ainda em dúvidas se seguimos pela 101 – que já fizemos na primeira fase da viagem – ou se retornávamos a I-5 e seguíamos direto a Los Angeles, onde vamos visitar amigos.

Chegamos a San Francisco na hora do almoço e fomos buscar um lugar estratégico com o visual da Golden Gate Bridge e podermos almoçar. Ficamos por ali, almoçamos, descansamos, conversamos com um casal do Brasil que estava visitando e ás 17h30min resolvemos cruzar a ponte e seguir para a I-5.

Péssima escolha e decisão. Simplesmente levamos mais de duas horas e meia para conseguir sair da região de San Francisco. Cruzamos a Golden Gate e depois cruzamos todo o centro na hora do rush, uma perfeita loucura, cruzamos a Bay Bridge, em um trânsito alucinado, como nunca tínhamos visto. Incrível, é que seguimos viagem para pegar a I-5 até tarde da noite e o trânsito não diminuiu.

Paramos em uma Rest Area na área montanhosa chamada Tejon Pass, e decidimos dormir ali. O movimento continuou intenso por toda a noite! Acho que chegamos a Califórnia!

Los Angeles

Reencontro com Erica e René Diamante

Saímos cedo e fomos até Santa Clarita onde fizemos compras e depois seguimos para Pasadena em Los Angeles onde moram O René e a Erica, um casal muito agradável e receptivo. Já conhecíamos a Erica do Brasil, mas o René foi uma alegre surpresa. Preocupados e ótimos anfitriões se mostraram desejosos de fazer nossas vontades.

Visita a Normans Guitars

O Toninho tinha o sonho de visitar a Normans Guitars e como fecharia amanhã. domingo, abrindo somente na terça-feira, fomos para lá.  O Toninho parecia uma criança na loja de doces. feliz, encantado! Depois voltamos em casa, e nos preparamos para ir a um encontro na casa de amigos, alusivo ao Halloween. Onde teve concurso de decorar a abóbora, um lanche delicioso e torta de abóbora com nozes. Tudo uma delícia. Saímos dali e nos levaram para dar uma volta por Hollywood a noite e depois a um típico bar norte americano. A decoração de Halloween, as pessoas fantasiadas, tudo muito diferente.

Foi um dia interessante. Aqui tudo parece muito intenso, a vida, as pessoas e a correria. Você vê os tipos mais diversificados, tem bairros de famosos, de gays, de artistas... tudo é separado. Parecem tribos. Nós não gostamos muito desse ritmo louco, mas para conhecer é bem interessante.

Retornamos ao nosso motor home e descobrimos que, como ele ficou estacionando em uma rua inclinada, nossa geladeira parou de funcionar. Um problema agora pois acabamos de fazer comprar e abastecer a geladeira. Algo para se resolver amanhã.

29/11 – Meu aniversário

Hoje é meu aniversário. Faço 48 anos. Pela manhã fomos a igreja com o René e a Erica. Muito especial este tempo. Uma igreja com cara de Hollywood. Muito interessante. Eles têm projetos lindos na cidade com jovens que vem do mundo todo em busca de fama e acabam se perdendo aqui no mundo das drogas e prostituição.  Gostamos muito da Igreja.

Na volta o René comprou gelo seco para colocarmos na geladeira (alguém já pensou nisso?) não derrete e mantém tudo congelado. Muito interessante. Amanhã pela manhã procuramos uma assistência caso não consigamos resolver.

Retornamos e Rene e Erica queriam saber o que eu queria fazer por seu meu aniversário. Eles fizeram um café delicioso e a tarde fomos dar uma volta na praia de Venice. Caminhamos pelo calçadão, vimos os artistas de rua, uma delícia. Depois fomos a um mercado brasileiro onde compramos tapioca. A noite voltamos para casa e o René preparou um churrasco. Fechamos a noite conversando e tomando um delicioso vinho.

Na segunda feira o René e o Toninho tentaram arrumar a geladeira, mas não conseguiram. Ele nos ajudou a encontrar um local que conserta, nos despedimos deles e fomos até lá. Chegamos no local e esperamos uns trinta minutos para sermos atendidos. Ele resolveu o problema em dez minutos e pagamos $39 USD. Ficamos aliviados por ser algo simples.

San Diego

Seguimos para San Diego. Hoje encontraremos o Léo, que conhecemos em Piracicaba há mais de dois anos. Fomos para um estacionamento na Pacific Bay. E procuramos um local onde pudéssemos passar a noite. Encontramos diversos motor homes estacionados por aqui. Alguns parecem morar por aqui, outros, como carros alemães, suíços, e a gente, estão só de passagem. Esta baia tem um por do sol lindo e é um local muito tranquilo.

O Encontro com o Chef Leo

Ás 15h o Leo (Chef Leo), por ele estuda Gastronomia e trabalha com isso por aqui, chegou trazendo Carne de Kobe (que descobrimos depois é uma das mais caras do mundo), e os ingredientes para nos preparar um hambúrguer de sua especialidade.

No fim, foi uma tarde muito agradável onde conversamos, rimos e ainda degustamos um delicioso hambúrguer. Quando o conhecemos no Brasil, tivemos pouco tempo para conversar, e ele se mostrou uma pessoa muito simples, doce e de um coração generoso. Foi muito bom estar com ele!

A tarde ele nos deixou e ficamos ali, curtindo aquele clima agradável – finalmente – e um pôr do sol digno da Califórnia.

Claro que ficamos por aqui mais dois dias, curtindo os dias de sol e os espetáculos ao final do dia.

San Diego - Yuma CA

Como ainda estamos nesta indecisão, sem saber se embarcamos de volta para o Brasil ou continuamos por aqui, decidimos seguir em direção a Flórida e ficarmos atentos ao que Deus vai nos mostrando.

Colocamos o motor home a venda, e precisamos vendê-lo até dia 20, pelo menos, se for para voltarmos para o Brasil, caso contrário, ficamos por aqui. Mas ainda precisamos que entre trabalho.

O Encontro de Kombis em Yuma

Seguimos até a cidade de Yuma, onde vimos um evento de carros antigos da Volkswagen (Kombi e fusca) acontecendo em um parque e não tivemos dúvidas. Paramos e fomos lá prestigiar. Passamos umas 3 horas caminhando por ali, olhando as diversas kombis de anos e modelos diferentes e os demais caros.

Fizemos um almoço e depois fomos procurar um local para dormirmos. Achamos um Cassino, com local para RV e não tivemos dúvidas.

No domingo decidimos procurar uma igreja e lá fomos nós.

Uma surpresa, pois o Pastor é conhecido mundialmente no meio cristão, por ser um dos líderes (nas Filipinas) de um movimento que correu as igrejas há uns 10 anos. Encontramos inesperadamente uma igreja alegre, cheia de vida, com pessoas muito receptivas e simpáticas (algo incomum aqui nestes lados da América – com exceção do Alasca).

Depois do Culto seguimos viagem em direção a Casa Grande. Passamos por parque Eólicos nas montanhas da Califórnia, um espetáculo à parte.

Eloy AZ – Casa Grande – Tucson - AZ

Passamos Casa Grande, uma cidade simpática e muito agradável, e resolvemos dormir no Flying J da cidade seguinte, um pouco menor, chamada Eloy.

Mais tarde, conversando com a Thereza e o Cláudio que conhecemos no Alaska, descobrimos que os pais dela estão em Casa Grande. Decidimos amanhã retornar e ir visita-los. Vai ser muito bom!

 

Reencontro com Mike e Bernie do Alasca

Levantamos cedo, ajeitamos as coisas e resolvemos voltar um pouco e visitar os pais da Thereza, que conhecemos no Alaska. Ele foi um pai para nós lá, no episódio do nosso RV. E não conseguimos nos despedir.

Fomos até sua casa e ele é a Bernie nos receberam com alegria. Entramos e ficamos conversando. Expressamos nossa gratidão por tudo que ele nos fez e nos despedimos.

Rodamos até Tucson e dormimos no Flying J.

Conhecemos o Ingo e a Inge Klein - El Paso

No dia seguinte decidimos tocar até El Paso onde queremos visitar os tios do John. Chegamos final de tarde na casa do Ingo e da Inge. Eles nos receberam e ficamos conversando e os conhecendo. Ele tem setenta e nove anos e ela tem oitenta. Ambos trabalham. Eles têm uma empresa. Vivem aqui há quarenta e oito anos e trabalham ainda como interpretem para a corte nos Estados Unidos e os imigrantes.  

Acordamos cedo e o Ingo e a Inge queriam nos levar para tomar café no Cracker Barrol, um restaurante típico dos Estados Unidos. Eu amo este lugar. Passamos uma manhã agradável juntos e eles foram trabalhar, depois de nos deixarem na sua casa.

O Toninho lavou o carro. Final de tarde o Ingo retornou e fomos juntos com ele levar seu RV para o Storage e depois ao mercado comprar salmão para a janta. Eu fiz um salmão e o Ingo fez outro. A Inge fez salada e com um bom vinho, ficamos conversando até tarde.

No sábado pela manhã tomamos café juntos, pois eles novamente prepararam um super café para nós. Estava delicioso. Ela ainda nos deu uma compota de peras, e fatias de panetone para o lanche. Um casal muito agradável, e que se mostrou preocupado conosco. Com oitenta anos de idade tem muito a nos ensinar! Um exemplo para nós.

A experiência de cruzar El Paso

A passagem por El Paso e Juarez e sempre uma experiência a parte. Penso que aqui é o local mais próximo da fronteira com o México onde vemos as cercas de divisão, praticamente dentro da cidade. Interessante o contraste dos dois lados e pensar como um lado tem tanta necessidade e o outro tanta fartura.

Chegamos em Fort Stockton final de tarde e decidimos dormir no Flying J.

Saímos cedo e seguimos viagem para San Angelo. Nosso plano era passar em Austin, mas nosso amigo Ricardo está voltando do Brasil e tivemos que mudar nossos planos. Chegamos a San Angelo final de tarde e resolvemos dormir no Wal-Mart, onde ficamos dois dias.

O Reencontro com a família Mayes - Fort Worth - TX

Saímos de San Angelo e seguimos para Fort Worth. Chegamos na Brenda já era noite. Ficamos em silêncio para não os perturbar, mas as crianças, como sempre vieram nos receber. Acabamos entramos e jantamos com eles. Sempre uma alegria encontrá-los, chegar aqui é sempre como chegar em casa.

O Reencontro com Peggie

Passamos o dia na Brenda. Saímos com ela para ir ao mercado, lavamos roupas

Final de tarde a Peggie, uma querida irmã da igreja que conhecemos na nossa primeira vinda aqui, nos convidou para visitá-la. Tivemos um tempo muito agradável com ela, onde compartilhamos nossas experiências e nossos sonhos. Ela perdeu seu marido há alguns meses, sempre viaja em projetos missionários e tem muitas histórias para contar. Resolvemos dormir em frente à sua casa, uma rua tranquila.

 

Dia de comemorar o aniversário da Audrey

Acordamos e aproveitamos que a Peggie deixou a casa aberta e tomamos um delicioso e demorado banho! Momentos como este são um presente e precisam ser aproveitados! Ficamos ali trabalhando. Meio dia ela voltou! Nos despedimos e retornamos para a casa da Brenda depois do almoço.

Hoje vamos com a Brenda e as crianças de irmos a um parque de diversões, por conta do aniversário da Audrey. Saímos às 18 h. Porque a Brenda disse que gostam mais de ver as luzes do parque a noite, e foi uma noite divertida, andamos em alguns brinquedos com as crianças e elas andaram em outros sozinhas. Retornamos todos cansados, mas felizes.

A Audrey ganhou uns patins ficou se divertindo com os irmãos. Nós demos para ela uma touca que eu fiz e ela amou.  

Hoje, vamos ao culto com a Peggie e depois vamos para Zavalla, para a casa do lago. O Randy fez banana bread e trouxe com café para nós. Uma delícia. Nos despedimos da família Mayes e seguimos para a igreja Open Door, onde nos encontramos com Peggie e assistimos o culto. Fomos a Best Buy tentar comprar um celular, pois os nossos dois estão péssimos. Almoçamos no Sam´s e depois seguimos viagem. Chegamos a Tyler final da tarde e fomos procurar um lugar para dormir. Resolvemos dormir no Wal-Mart.

Tyler – Zavalla TX

Matando as saudades de tocar guitarra

Acordamos cedo e fomos dar uma volta pela cidade, gostamos deste lugar. Fomos a Dirth Cheap uma loja onde vendem tudo a um preço muito barato porque as embalagens foram abertas.

Depois fomos a Guitar Center onde o Toninho ficou umas 2 horas tocando e matando as saudades. Ele não tem uma guitarra com ele e sente muita falta. Saímos para Zavalla, passamos no Wal-Mart em Lufkin para comprar suprimentos para uns 10 dias, pois a casa onde ficamos fica uns 60 quilômetros daqui e chegamos final de tarde em Zavalla, onde reencontramos com a Lora e o Ed. Eles ficam sempre muito felizes de nos ver e nós de vê-los. Aqui temos um local para estacionar com água, energia, dump e internet. 

Passamos os dias seguintes entre trabalhos na internet e ajudando a preparar a casa que foi alugada para o feriado de Thanksgiving. À tarde, um casal veio ver o nosso RV que está à venda. Eles gostaram, mas parecem indecisos e disseram que iam pensar. Se não aparecer um comprador até amanhã, não voltaremos ao Brasil na sexta, dia 24/11, e o prazo para uso de nossas passagens que compramos há um ano atrás.

Thanksgiving Day com a família da Lora

O Ed e a Lora nos convidaram para passar o Thanksgiving com a família dela. Fomos a casa do Gary, irmão da Lora, onde já tinha um lugar para estacionarmos. Uma propriedade muito bonita com muitos pés de pecans (nozes).

Cada família que chegava, trazia os pratos típicos comidos nesta data. Peru, purê de batatas, macarrão com queijo, torta de abóbora, biscuits, presunto, pretzel, torta de nozes, pudim de banana, cookies...

Passamos o dia ali, caminhando pela propriedade, colhendo pecans, conversando. Almoçamos juntos depois do tempo de dar graças. A tarde eles ficaram cantando e louvando a Deus, dando graças a Deus pelo ano, por suas vidas e famílias.

O que é o Thanksgiving Day

O Thanksgiving Day é talvez o feriado mais importante nos Estados Unidos, que teve origem com religiosos que fugiram das perseguições na Europa e chegaram a Massachusetts. Depois de viver dias difíceis no mar tiveram que aprender a viver por aqui e passar inverno rigoroso. Os índios nativos os ensinaram a caçar e a plantar o alimento.

Na colheita, convidaram os índios (cerca de 90) para participar da festa. Onde prepararam muitos pratos típicos como o Peru, o purê de batatas, a torta de abóbora, de nozes e tantos outros. Ainda presente na mesa dos norte-americanos.

A Festa foi oficializada por Abraham Lincoln, 200 anos depois, para toda 4ª. quinta-feira de novembro, todos os anos. Declarado o Dia Nacional de Ação de Graças.

Hoje, neste feriado todos os americanos tentar estar com seus familiares e celebrar este dia em forma de agradecimento a Deus pelas bênçãos recebidas.

Quando somos constrangidos

Foi uma experiência interessante participar deste momento com eles. E o mais gratificante foi ouvir o Ed dizer, que este ano o motivo de ação de graças que ele tem é o fato de termos ido e voltado do Alasca em segurança, que ele estava feliz de nos ter ali. Ficamos sem palavras!

Muitas vezes não temos ideia de como podemos abençoar e marcar as pessoas. Um coração disposto a ajudar, um sorriso, podem marcar mais o que imaginamos. Agradecemos a ele pela consideração e preocupação e a Deus por nos permitir viver estes momentos. Nós temos muito a agradecer, e temos a impressão que vivemos em um Thanksgiving diário!

Um thanksgiving para relembrar e agradecer

O Toninho ainda preparou um vídeo para um culto de Ação de Graças que será feito em Sorocaba-SP para o tio dele, o Cel. Josué Pintor, que hoje vive em Itapetininga, mas dedicou muitos anos de sua vida ás pessoas e a Igreja em Sorocaba.

Assim como com o Toninho, que foi muito influenciado por sua vida e testemunho, e por meio de quem teve um encontro com Jesus que mudou radicalmente sua vida, muitas outras pessoas em Sorocaba tiveram suas vidas abençoadas pela dele.  Pensamos que será um tempo especial no dia 25.

Depois, ficamos jogando Sequence até tarde, com a Lora, os filhos da Gary. Um ótimo dia! Deus é bom e sempre nos surpreende!

Dias na casa do lago – Zavalla – TX

Retornamos a Zavalla no TX onde vamos passar as próximas semanas.

Reencontrando um amigo especial

No dia 25 assistimos o Culto de Ação de Graças pela internet, e foi muito especial, principalmente para o Toninho relembrar e rever tantas pessoas que conheceu na juventude. Foi uma homenagem muito bonita.

Com isso, ele acabou descobrindo que um querido amigo e irmão daquela época está vivendo com sua família aqui nos Estados Unidos, na Carolina do Norte. Fizemos uma vídeo chamada e conversamos e nos dias seguintes o Eduardo seria o novo e próximo amigo do Toninho. Passaram e se ligar e conversar muitas vezes ao dia e quase todos os dias.

Eles nos convidaram para passar o Natal com eles e aceitamos. Decidimos seguir para a Carolina do Norte no dia 20 de dezembro. Pensamos que será um tempo especial.

O Ed e a Lora pediram para ficarmos por aqui até dia 20 para os ajudar com os trabalhos da casa. Em troca, temos local para ficarmos estacionados e posso trabalhar pela internet.

Conhecendo o simpático Den e mais dos costumes americanos

No dia 02/12 Final da tarde o Toninho estava trabalhando e o Den, um pescador que tem um mobile home na rua, passou e parou para conversar. Perguntou se gostamos de peixe e saiu. Depois ele voltou com dois pacotes de peixes limpinhos e sem espinha e nos deu de presente.  Agrademos e ele se foi novamente.

Deus uns minutos ele veio e nos convidou para jantar em sua casa. Aceitamos e foi um tempo interessante, estava ele e a esposa Sandy, o Rick e a esposa e mais um senhor que não recordo o nome. Estavam assistindo futebol Americano. Ficamos conversando e jantamos juntos um peixe delicioso. Um tempo muito agradável. Descobrimos que todos estão somente passando uns dias aqui, onde passam os dias pescando. Cada um mora em outro lugar.

Ao nos despedirmos a Sandy ainda nos deu um zip cheio de peixe prontinho. Já garantiu o almoço de amanhã.

Denman Avenue Baptist Church – uma Igreja diferente

No domingo acordamos cedo e decidimos procurar uma igreja. Sempre gostamos de visitar as igrejas onde estamos. Fomos a Denman, uma igreja de um tamanho considerável para o padrão americano. Aqui, normalmente as igrejas são pequenas, passamos por algumas que não tinha mais que meia dúzia de carros em frente. Algumas que visitamos só tem idosos. Isso revela o estado das Igrejas nos Estados Unidos. Esta foi uma com mais pessoas que passamos.

O Pastor é relativamente jovem, e a Igreja parece mais saudável que muitas que visitamos, com famílias, jovens, adultos, idosos e culto para as crianças.

A palavra foi especialmente preciosa, com ênfase no Maravilhosos conselheiro que Jesus é quando o deixamos fazer parte de nossas vidas.

Depois fomos ao mercado e a lavanderia e retornamos a Zavalla, já a noite, debaixo de chuva. Uma pena. Quando chegamos o Ed já estava por aqui limpando a casa pois teriam hospedes a partir de quarta-feira e não mais de sexta, como era o plano inicial.

A chuva continuou a noite e esfriou consideravelmente. Uma pena. Os dias estavam tão lindos! Ensolarados e com a temperatura ótima.

O reencontro com o #novosolhos

Na terça-feira a família Novos Olhos chegou, foi muito bom revê-los. Pena que estamos com esses dias de chuva e frio aqui. As crianças tinham que ficar ou no nosso motor home ou na barraca deles. Muito vento, chuva e impossível para eles ficarem na rua, curtirem o local, que é lindo demais, o lago, pescar. Uma pena mesmo.

Mas foram momentos bons regado a muita conversa. Preparamos e fizemos algumas refeições juntos e nos aquecemos todos juntos no motor home. Na quinta à tarde eles foram para a Flórida, próximo destino.

O inverno chegou por aqui

A noite começou a nevar. A neve não fica porque recém baixou de zero, mas foi passageiro. A noite a temperatura subiu e a neve parou.

O dia amanheceu sem chuva, sem neve e o sol resolveu dar o ar de sua graça. Embora a temperatura agora fique na casa dos 5 graus, com sol, sempre é melhor!

Assim passamos os nossos últimos dias ali, trabalhando e descansando. Este lugar é especial demais para nós. Vamos sentir falta. 

North Carolina no Natal - Muito caminho pela frente

Arrumamos tudo e pegamos estrada. Temos 2.000 milhas pela frente e uns 3 dias de viagem. Nosso visto é até abril. Agora, mais do que nunca precisamo definir o que faremos. Temos planos de ir para a Europa, mas não por agora. Aqui é bem caro viajar e com todo os gastos que tivemos além da quebra da transmissão, somados ao aumento absurdo do dolar, nos deixou um pouco apertados em nosso orçamento. 

O trajeto até Charlotte foi tranquilo. Sabe o Y-joint do cardan que o Toninho achou a peça no chão do carro no Alasca, e que eles só inverteram? Pois é começou a dar problemas por aqui, mas agora o Toninho está craque em trocar. Estacionamos numa O'reilli's, ele comprou a peça - que tivemos que esperar vir de outra loja - e o toninho trocou. 

Seguimos viagem tranquilos e sem tremer mais. 

Chegamos em North Carolina, Charlotte para o Natal. Estacionamos na frente da Igreja que o Eduardo participa e participamos do culto. 
Os dias seguintes foram de definições e logo entenderíamos por que estamos aqui...

Mas isso é uma outra história. 

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